A realização de implantes vem aumentando ano a ano, não só no Brasil, como em todo o mundo, devido principalmente à sua eficácia e durabilidade. Após dez anos de uso, praticamente não precisam ser trocados.
Contudo, apesar de se mostrar um método seguro e com um grande custo-benefício, existem complicações que podem acontecer por motivos diversos, as quais serão abordadas a seguir.
O que é peri-implantite?
Peri-implantite se caracteriza como um processo inflamatório, que tem origem pela chamada mucosite, que é o acúmulo de placa bacteriana. É desencadeado após o implante dentário, ao redor deste, atingindo principalmente estruturas como a gengiva e os ossos.
Caso essa infecção não seja devidamente tratada, há uma grande chance de causar danos graves ao osso que suporta a estrutura artificial do implante. Além da dor e desconforto característicos, também há risco de perda da prótese dentária em quadros como esse.
O desenvolvimento da infecção se apresenta, em um primeiro momento, por uma pequena inflamação na mucosa que circunda os implantes, causando sangramento. Com o agravamento dessa infecção, sintomas como mau hálito, inchaço ao redor do implante e pus também podem surgir, seguidos de perda óssea e de mobilidade.
Quando o quadro avança para esse ponto, é imprescindível consultar um especialista o quanto antes, para que o diagnóstico seja feito rapidamente, com precisão, e o tratamento da peri-implantite se inicie o mais rápido possível.
Aliada a qualquer tratamento, deve-se manter boa higiene bucal, pois apesar de ela não agir na regressão da doença, é possível evitar mais inflamações no futuro.
Tratamentos e prevenção
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos em que a infecção já está em um grau avançado, causando dor em demasia, muito sangramento e produção de pus.
A cirurgia consiste na raspagem e alisamento radicular, através do acesso cirúrgico, com o objetivo de retirar as secreções do local e conter a ação bacteriana. Indica-se o procedimento cirúrgico principalmente para implantes mal posicionados, que podem desencadear as infecções, quando se torna necessário retirá-los para se concluir a higienização e se avaliar a possibilidade de reimplantá-los.
Contudo, também existem métodos não cirúrgicos, que visam realizar a higienização do local inflamado, o que é muito importante, uma vez que algumas pessoas podem ter dificuldade de limpeza de alguns locais onde se localiza o implante.
Dentre esses métodos, pode-se citar o uso de curetas de titânio para desinfecção mecânica e retirada da placa calcificada, prevendo-se sempre verificar os riscos de danos nos intermediários protéticos ao arranhá-los.
Em alguns casos particulares, o tratamento não cirúrgico acaba sendo o definitivo da peri-implantite, pois é recomendado que sempre seja iniciado com terapias não cirúrgicas. Alguns indivíduos reagem tão bem que dispensam a continuidade do tratamento através de cirurgias mais invasivas, desde que haja colaboração deles.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como periodontista e implantodontista em Barbacena!