Os implantes podem desencadear infecções peri-implantares, as quais, muitas vezes, não são sintomáticas, sendo detectadas apenas em consultas de rotina. Dentre as mais comuns podem-se destacar a mucosite peri-implantar.
Nos últimos anos, o número de implantes osseointegrados vêm aumentando consideravelmente, devido ao fato de estarem sendo utilizados sobretudo como alternativa estética funcional. O aprimoramento significativo das técnicas cirúrgicas de implantação das próteses dentárias também corrobora para a popularização desse tipo de procedimento e, inclusive, as doenças que o acompanha.
Dentre os maiores fatores de risco para o surgimento dessas infecções, destacam-se, principalmente, a suscetibilidade dos tecidos peri-implantares e periodontais a ciclos de infecção e inflamação. Isso caracteriza a principal causa de insucesso desse procedimento.
A mucosite configura o quadro mais comum de infecção na região em que houve a implantação das próteses dentárias e consiste em um quadro de inflamações reversíveis dos tecidos moles peri-implantares que não sofreram perda óssea.
O principal ponto a se destacar é que na mucosite não há perda óssea como há na peri-implantite, tendo como principais sintomas a dor, sangramento gengival, eritema e ulceração.
A mucosite peri-implantar
Diagnóstico e tratamentos
Devido ao fato de a maioria das lesões peri-implantares serem assintomáticas e diagnosticadas apenas nas consultas de manutenção dos implantes, é necessário que o médico realize uma série de exames de imagem (como radiografia) para que se diferenciarem quadros de mucosite e peri-implantite.
Essa necessidade se dá, principalmente, pelo fato de os tratamentos dessas duas doenças serem distintos, pois conforme citado anteriormente, apenas a peri-implantite acarreta perdas ósseas decorrentes da inflamação.
Feito o diagnóstico da mucosite, o tratamento mais popular dessa infecção consiste na raspagem ou polimento sub e supramucosa (em conjunto ou não com colutórios antimicrobianos ou agentes químicos e fio dental, gazes, etc). O objetivo desse tratamento é remover o biofilme e criar um ambiente adverso à recolonização microbiana patogênica, por meio desses métodos de higiene oral.
A mucosite geralmente regride após o início de tratamentos não cirúrgicos, como a remoção dos cálculos pela raspagem com curetas sintéticas, além da realização de modificações do desenho das próteses quando pouco higiênicas, irrigação com soluções de clorexidina, higienização com escovas interdentais, fio e fitas dentais banhadas em clorexidina, escovas manuais e motorizadas. Há, também, necessidade de se seguirem as orientações de higienização passadas pelo cirurgião.
Para garantir a manutenção do implante e evitar o surgimento da mucosite, é importante usar escovas interdentais, manuais e motorizadas e embeber a escova em clorexidina 0,12%, juntamente a fios e fitas de seda também banhadas em clorexidina antes de dormir.
Outro aspecto importante a se considerar é a manutenção de reabilitação protética bem como os implantes que suportam a estrutura. Consultas para avaliar a manutenção das próteses são recomendadas a cada 6 ou 12 meses, para evitar complicações e para avaliar o estado peri-implantar do tecido.
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