Gengivite. Tudo o que você precisa saber

gengiviteA gengivite representa a doença periodontal em um primeiro estágio de inflamação dos tecidos de proteção (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) dos dentes. Trata-se, sem dúvida, de uma das doenças mais prevalentes do mundo.

Uma vez que não seja diagnosticada em tempo hábil, poderá desencadear uma seqüência de eventos capaz, inclusive, de culminar com a perda dos elementos dentais envolvidos. Enquanto se mantiver nessa fase, o tratamento se torna mais  fácil, pois sequelas ainda não estão presentes.

Fatores que influenciam

A placa bacteriana que se encontra aderida aos dentes é a principal responsável pelo problema. Eventualmente, é possível que inúmeros fatores ocultos estejam por trás, influenciando a resposta da pessoa ao agente agressor. Isto torna os dentes mais vulneráveis a doença e,  por isso, precisam ser levados em conta:

  • Certos medicamentos, incluindo anticoncepcionais;
  • Alterações hormonais;
  • Doenças sistêmicas (AIDS, leucemia, diabetes, entre outras) ;
  • Tabagismo;
  • Forças exageradas aplicadas sobre os dentes;
  • Carência de vitaminas C e D.

Resumidamente ao que foi mencionado, sempre que houver placa na região do colo dentário, haverá gengivite. Alguns fatores; contudo, são  capazes de exacerbá-la por alterarem as frentes orgânicas de resistência contra as bactérias. Esses micro-organismos, quando presentes  junto ao sulco gengival, produzem uma série de toxinas que, em síntese, irritam a mucosa. Por não apresentarem contato íntimo com o  sistema circulatório, inibem a ação do sistema imunológico, tornando-o ineficiente para debelar a infecção. É mais ou menos como se eles  atacassem, mas não pudessem ser atacados. Daí a importância de uma correta higienização na prevenção deste mal, bem como de se manter  uma dieta bem equilibrada e livre de alimentos açucarados ou industrializados.

Sinais e sintomas

Vale lembrar que a gengivite é, geralmente, assintomática; contudo, os sinais costumam ser bem evidentes. Gengiva inchada, sangrante, demasiadamente vermelha e, por vezes, presença de gosto ruim na boca e mau hálito são, afinal, relatos comuns. Caso nada seja feito,  principalmente após os 30 anos de idade, as chances da periodontite se instalar aumentam exponencialmente. Compreenderia, nesta  situação, a um segundo estágio que é relativamente mais complexo.

Prevenção e tratamento

Visitas regulares ao dentista são importantíssimas. O propósito é o de se realizar profilaxia a base de raspagem e aplicação de jato de bicarbonato, altamente eficientes na  prevenção e tratamento do problema. Ademais, possibilitam ao profissional estabelecer uma criteriosa  avaliação no que diz respeito à rotina de cuidados caseiros efetuados pelo paciente. Algumas pesquisas sugerem que os intervalos de  consulta não ultrapassem os 4 meses, tendo em vista que, um processo inflamatório que se mantenha por muito além deste período, deixaria os tecidos periodontais bem mais susceptíveis a danos irreversíveis.

Com relação aos enxaguantes bucais, teriam papel coadjuvante no combate ao surgimento da enfermidade. Existe, então, uma limitação muito grande destes antissépticos para atuarem de maneira realmente eficaz nas causas do problema.

Considerações finais sobre a gengivite

Muito se questiona com relação a capacidade da gengivite ser transmissível. No que tange ao fato de ser ou não contagiosa, ainda não existe  consenso. Como resultado, não se sabe ao certo qual a participação que patógenos livres na cavidade oral teriam, em algum momento, por  mero contato, para desencadear a evolução do processo em outras pessoas. É preciso que estejam aderidos aos dentes para que a doença se  manifeste de fato. Deve-se evitar, contudo, que crianças sejam expostas a este tipo de contaminação. Beijos ou talheres outrora usados por  terceiros podem representar risco a um sistema imunológico ainda imaturo.

Poderia a gengivite permitir que doenças como a AIDS se disseminassem mais facilmente, por exemplo, pelo beijo? A AIDS apresenta um  outro contexto. O vírus consegue se manter plenamente ativo no sangue dos seres humanos, desde que lhe seja dada a oportunidade. Sabe-se que a saliva, por si só, não tem o poder de passar o vírus. Entretanto, devido a presença de um sangramento mais evidente decorrente do processo inflamatório, as chances seriam muito pequenas, mais nada que fosse impossível.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, de tal forma que ficarei muito feliz em responder  aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como periodontista e implantodontista em  Barbacena!

 

 

 

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Dr. Sérgio Caetano

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