Nem precisa ser especialista da área para logo perceber que álcool e saúde bucal não combinam. Mesmo porque quem tem esse hábito, de longe exala, um odor bucal característico etílico desagradável.
Quando essa situação persiste tende a se tornar um mau hálito permanente. Sem contar o quanto os dentes também tendem a se deteriorar.
Ainda mais porque todas bebidas alcoólicas sofrem algum tipo de fermentação. Como efeito disso aumentam a concentração de glicose na boca. O que não deixa de ser um risco em potencial para os dentes.
Assim, se você é amante das bebidas e se identificou com alguma dessas situações acima, eis um alerta.
Siga com a leitura e confira outros transtornos causados pelo consumo exagerado.
Álcool e saúde bucal: fator adolescência
Um estudo aponta que os brasileiros, em média, iniciam na bebida de forma precoce. Isto é, na maioria dos vezes, inicia-se aí uma longa relação desigual. Sobretudo inconsequente nessa faixa etária. Ainda mais porque, são menores de idade sob ponto de vista do Código Penal.
Além disso, não raro sequer têm noção e maturidade para o consumo moderado. Por isso, quase sempre cometem excessos. Com o tempo isso tende a piorar cada vez mais.
Pense bem se uma pessoa começa a beber jovem e se a expectativa de vida brasileira, hoje, é de 76,6 anos. Logo são 62 anos de efeitos acumulativos de álcool no organismo. Ou seja, uma vida inteira!
Agora, imagine as consequências disso para a boca? Uma verdadeira tragédia! Mais ainda para aqueles desleixados com a higiene. Confira nos próximos tópicos outros problemas.
1.0 Dentes comprometidos
Além do hálito alterado, logo aparecem manchas amareladas ou escuras nos dentes. Assim, tanto bebidas à base de cevada como destilados contribuem para esse aspecto.
Sem dúvida, a cárie é outra doença oportunista com grande chance de se instalar nessas condições. Afinal, há açúcares em excesso na região. Isso quando o consumo de álcool não é acompanhado pelo cigarro, mais um inimigo dos dentes.
Pior ainda se a pessoa nem se dá ao trabalho de higienizar a boca após o consumo. Na falta de escovação na hora, procure ,ao menos, intercalar a bebida com água. Essa iniciativa ajuda bastante a diluir as toxinas do organismo.
2.0 Gengiva exposta
Decerto, muitos perdem o apetite ao beber com frequência. Não por acaso, já que a absorção do etanol gera um pico de glicêmico ao ser ingerido.
Com o tempo e dependência acentuada a pessoa tende a se satisfazer, apenas, com a bebida. Isso , claro, interfere na nutrição, causando fraqueza, assim como deficiência de inúmeras vitaminas.
Dentre elas a vitamina C, ou ácido ascórbico, importantíssima para a saúde bucal. Se te falha a memória, a falta dela é responsável pelo escorbuto, ou doença dos marinheiros. Tornou-se conhecida, dessa forma, pelos inúmeros transtornos gerados à gengiva como:
- sangramento;
- inchaço e inflamação;
- e, em condições severas, pode evoluir para a periodontite;
- sem tratamento adequado leva a perda dos dentes.
Bastaria consumir frutas cítricas ricas nesse antioxidantes, não? De fato, essa seria a solução mais lógica. Porém quem se encontra nesse estágio, certamente, também têm a dopamina e noradrenalina, hormônios ligados ao prazer alterados.
Por isso busca cada vez mais quantidades de álcool para se “nutrir” em detrimento da alimentação.
3.0 Risco de câncer bucal
Por falar em nutrição, quem segue com a bebida tende a ter gastrite e úlcera. Assim como outros distúrbios no trato digestivo.
Inclusive, há estudos que indicam que a ocorrência de prevalência em até 10 X, nesse órgão.
Quando esse passa ileso pode atingir a boca também. Ou mesmo o fígado, aliás, outro órgão extremamente abatido pelo consumo etílico.
4.0 Acidentes frequentes
Além disso, a desordem mental e coordenação motora reduzida comprometem essas pessoas. Principalmente, por conta das quedas sucessivas com consequências graves para os dentes. Inclusive, com índices expressivos de perdas dentárias.
Isso quando não se envolvem em acidentes de trânsito. Sem dúvida, a associação entre álcool e saúde bucal é preocupante nesse aspecto. E, em último caso, pode ser fatal.
5.0 Álcool e saúde bucal: relações sociais comprometidas
Decerto o consumo da bebida moderado faz parte da vida social. Não há nenhum problema em desfrutá-la, portanto. Desde que a pessoa dedique especial atenção à limpeza na boca em seguida. Assim como não custa nada se abster de álcool vez ou outra.
Caso contrário essas relações antes fortalecidas tendem a ser abaladas. Seja por conta de comportamentos inconvenientes ou mesmo pelo descuido bucal evidente.
Assim, beba com consciência e cuide-se. Certamente, a saúde bucal, agradecerá no futuro!
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.
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