De forma simplificada, sim. As doenças periodontais podem acometer crianças e adolescentes. Na maior parte dos casos, são descobertas ainda na fase inicial, que se manifesta como gengivite.
A gengivite é caracterizada por uma inflamação na gengiva, causada, principalmente, pela ausência de hábitos de higiene bucal.
Ela pode também ser engatilhada pelo uso de determinados medicamentos, de aparelhos ortodônticos fixos, lesões, alterações de ordem genética ou por problemas nutricionais, mas boa parte das incidências têm início na má escovação.
A gengivite costuma gerar dor, inchaço e vermelhidão. A gravidade é variável, mas a enfermidade deve ser imediatamente controlada, pois, ao se desenvolver, o problema transforma-se em periodontite, que é uma inflamação séria.
Doenças periodontais: os perigos da periodontite
Se não for corretamente tratada, por meio de limpeza profissional (realizada pelo dentista de confiança) e pela alteração dos hábitos da criança ou adolescente, a gengivite pode evoluir para um quadro grave.
A periodontite ocasiona comprometimento dos tecidos que fazem a proteção e a sustentação dos dentes. Pode gerar, portanto, perda dentária.
Com o tempo, as bactérias incidentes na região das gengivas podem “viajar” pela corrente sanguínea. Dessa forma, podem alcançar órgãos e causar problemas cardiovasculares na região dos rins, do cérebro e dos pulmões.
As formas de tratamento variam de acordo com cada caso. Se a periodontite for descoberta no início, ou seja, quando ainda se configurar gengivite, ela tem maiores chances de ser revertida depressa.
Quando evolui, no entanto, é possível que o indivíduo afetado tenha que fazer uso de antibióticos e, em alguns casos, passar por intervenções de ordem clínica ou cirúrgica.
Como prevenir o desenvolvimento das doenças periodontais?
Os problemas que atingem a região da boca são majoritariamente causados por escovação incorreta ou pela não utilização de fio dental.
A alimentação e os hábitos cotidianos também exercem influência no surgimento das placas bacterianas, as quais afetam também as gengivas. Quanto mais açúcar, maior a proliferação de bactérias, por exemplo.
Recomenda-se aos pais e responsáveis não apenas controlar a dieta dos filhos – por questões que, inclusive, vão além da saúde bucal -, mas auxiliá-los e monitorá-los durante as escovações diárias.
É preciso escovar os dentes, pelo menos, três vezes por dia, logo após as principais refeições. Se a criança ainda não apresenta coordenação motora efetiva, os pais podem ajudá-la nesse processo.
Além de incentivar a criação de bons hábitos e de naturalizar a higiene bucal, a tarefa estreita os laços entre as duas partes: aquele que cuida sente-se ainda mais responsável pelo pequeno; aquele que é cuidado, por sua vez, sente-se respeitado e preservado.
Por fim, um adendo: é importante levar a criança ao dentista desde o início da infância, quando os primeiros dentes começarem a surgir, em especial se há incidência na família de problemas sérios na região da boca.
A prevenção é sempre o melhor caminho.
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periodontista e implantodontista em Barbacena!