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Diabetes: risco para dentes e implantes

diabetesO diabetes é uma doença caracterizada pela não produção ou uso inadequado da insulina pelo corpo. Esta substância nada mais é do que um hormônio necessário à conversão de glicose, amido e outros em energia. Nos três principais tipos de diabetes (tipo I, tipo II e gestacional) ocorre a redução da entrada de glicose nas células. Como resultado, esta condição leva a um aumento do nível glicêmico no sangue.

A hiperglicemia é extremamente prejudicial ao diabético, podendo resultar em alterações de diferentes partes do organismo. Com o passar do tempo, inúmeros efeitos poderão ser sentidos na resposta fisiológica do indivíduo, no sistema vascular periférico, na resposta inflamatória, no sistema imunológico e, consequentemente, na reparação tecidual. Todas estas alterações, aliás, acabam por modificar de certa forma a susceptibilidade do indivíduo diabético às infecções de um modo geral. Isso se torna especialmente válido também para aquelas observadas na cavidade bucal.

Diabetes x doença periodontal

doença periodontal é uma infecção crônica que acomete as estruturas de suporte do dente. Acima de tudo, negligenciar o seu tratamento pode culminar na perda do elemento dentário. Vale ressaltar que esta enfermidade é altamente prevalente nas pessoas diabéticas. Compreende a sexta complicação mais comum em diabéticos, atrás dos transtornos causados nos olhos, rins, coração, nervos e vasos sanguíneos. Quando se comparou os tipos de bactérias presentes no biofilme de indivíduos diabéticos controlados e não controlados, foram notadas porcentagens significativamente maiores de bactérias mais agressivas nas bolsas periodontais dos indivíduos não controlados.

Inúmeras pesquisas vem revelando que o controle glicêmico de pacientes diabéticos melhora a condição da sua doença periodontal e vice-versa. Isto sugere, portanto, uma relação bidirecional entre as duas doenças. Traduzindo, o diabetes, por desencadear uma série de  alterações metabólicas, aumenta o risco para o desenvolvimento da periodontite. Por outro lado, a periodontite afeta negativamente o controle glicêmico dos diabéticos.

Outras alterações bucais comuns no diabetes não controlado são: diminuição do fluxo salivar, queimação da boca e língua. A saliva ajuda na  limpeza, prevenindo cáries e a própria doença periodontal. Mas não é só isso, tais pacientes encontram-se muito mais predispostos à  infecções oportunistas, como por exemplo, a candidose, causada pelo fungo Candida albicans.

Diabetes x implantes dentários

Existem relatos já bem estabelecidos que comprovam alterações no processo de osseointegração dos implantes dentários em pacientes  diabéticos. A osseointegração consiste no conjunto de reações orgânicas que irá fixar o implante ao osso no qual foi inserido cirurgicamente.  Este fenômeno é essencial para que, sobre este pino de titânio, possamos adaptar uma prótese. Tal conduta é, de fato, a que irá devolver ao paciente desdentado a função e a estética outrora perdidas.

Mas não são apenas prejuízos na cicatrização e remodelação óssea. Indivíduos acometidos deste mal e submetidos a instalação de implantes  também encontram-se mais sujeitos à infecções no pós-operatório. O procedimento não está contra-indicado desde que a doença esteja sob  controle. Caso contrário, a cirurgia deve ser adiada até que a glicemia esteja em níveis normais.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, de tal forma que ficarei muito feliz em responder  aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como periodontista e implantodontista em  Barbacena!

 

 

 

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Dr. Sérgio Caetano

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