Na Odontologia, pinos de titânio com formato de parafuso, chamados implantes dentais, passaram a poder funcionar como suportes. Posicionados cirurgicamente no osso maxilar logo abaixo da gengiva, permitiram aos dentistas não só melhorar o prognóstico de movimentação dentária dentro da Ortodontia, como também montar dentes substitutos sobre eles, dando origem ao que denominamos próteses implanto-suportadas ou próteses sobre implante. O protocolo de instalação é, de modo geral, bem simples, salvo raras exceções. O procedimento é realizado no próprio consultório sob anestesia local.
Desde a sua descoberta, o processo de osseointegração revolucionou significativamente as áreas médica e odontológica. Vale lembrar que tal processo é o que viabiliza a “colagem” de estruturas metálicas confeccionadas em titânio ao osso. A partir daí, então, uma série de possibilidades surgiu para se tratar fraturas ósseas, problemas de coluna, dentes ausentes e mal posicionados, entre outros.
Para algumas pessoas, as próteses removíveis (roachs) e dentaduras são simplesmente desconfortáveis ou até inviáveis. Além disso, as pontes fixas comuns precisam desgastar dentes, muitas vezes hígidos, para se fixarem. Com a colocação de implantes dentais, não é necessário preparar ou desgastar um dente natural para apoiar os novos dentes substitutos.
Uma infinidade de possibilidades e marcas comerciais estão disponíveis não só para implantes dentais, como também para componentes protéticos e materiais de reconstrução óssea. Embora nem sempre os pacientes estejam conscientes disso, negligenciar a escolha correta e qualidade destes itens pode interferir de maneira decisiva no resultado final e longevidade dos trabalhos.
Início da fase protética
Com relação ao tempo que se leva para iniciarmos a fase protética, após fixados os implantes dentais, podemos expor 3 situações distintas, a saber:
- Carga imediata: essa modalidade é possível apenas quando os implantes ficam muito bem travados no momento de sua instalação. Como o próprio nome já diz, o implante pode ser colocado em função imediatamente com provisório, não precisando estar osseointegrado. O ideal é que o tempo para isso não ultrapasse 72 horas. O contato com o dente antagonista precisa ser minimizado ao máximo. Para a adaptação da prótese definitiva, deve-se esperar o período de osseointegração. Jamais utilizada em áreas reconstruídas. Qualquer implante pode ser usado com este fim. A grande desvantagem são os riscos aumentados de fracasso.
- Carga precoce: neste caso, devido a aplicação de um tratamento especial em sua superfície, os implantes se osseo-integram precocemente. O período varia de 21 a 45 dias em média. Desta forma, antecipa-se o processo de confecção da prótese definitiva. Contra-indicada em regiões previamente reconstruídas ou em pacientes com fatores de risco para a osseointegração. Diabetes e tabagismo estariam entre eles. A desvantagem está no seu preço.
- Carga tardia: modelo convencional e, sem dúvida, o mais utilizado. Aqui, os implantes somente serão postos à prova depois de 4 a 6 meses. Essa variação ocorre porque na porção anterior da mandíbula a osseointegração se dá mais rapidamente. Uma vez feito preenchimento com osso que não seja do próprio paciente, o tempo pula para 9 meses, independente da localização.
Considerações finais sobre implantes dentais
A exceção de quando se realiza a carga imediata, o melhor é que, certamente, fiquem totalmente cobertos por gengiva até que estejam completamente osseo-integrados. Quando não ficam expostos, uma segunda cirurgia precisa ser realizada, com o propósito de exteriorizá-los e, assim, permitir a confecção dos dentes artificiais.
Para receber um implante dental, é preciso, a princípio, que você tenha gengivas saudáveis e ossos adequados para sustentá-lo. Uma higiene bucal meticulosa e visitas regulares ao dentista são essenciais para o sucesso de longo prazo dos seus implantes.
O planejamento é peça chave para o sucesso, mas também contam experiência e credenciais do cirurgião-dentista selecionado para a missão. É importante frisar que a ausência de dentes traz uma série de transtornos. Estes, vão muito além da dificuldade de mastigar e do comprometimento estético. Afetam também a saúde como um todo e prejudicam de maneira significativa a auto-estima.
Para os mais medrosos, fica o recado de que o pós-operatório é, na imensa maioria das vezes, extremamente satisfatório. Há casos, inclusive, de pacientes que conseguem ignorar o uso de analgésicos durante este período. O procedimento, aliás, por ser pouco invasivo, apenas estaria contra-indicado em raras situações. Pacientes que, de alguma forma, apresentem limitações locais ou sistêmicas que inviabilizem um bom custo x benefício.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, de tal forma que ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como periodontista e implantodontista em Barbacena!